domingo, 22 de fevereiro de 2015

Cozinha da terra, cozinha com alma


Dizem por aí que a combinação perfeita surge quando à fome se junta a vontade de comer pois meus caros, é mentira. Não há experiência que suplante a de quando à fome se junta à ansea de saborear.
É hora de jantar e as reservas energéticas já se esgotaram.Fome:check; Vontade de comer: check.  Nestas horas é difícil convencer um estómago vazio a esperar, mas vai valer a pena.
Foram 30 minutos difíceis para o estómago, mas não para a alma, que viajar ao lado de quem se ama é reconfortante, até para uma barriguinha esfomeada.
Chegamooosss!!!-gritou a barriga, sem que o restante corpo deixasse transparecer o entusiasmo, que uma senhora tem que se comportar como tal.
  Que espaço místico. As paredes rubustas, a música mediéval e o frio da noite (e que fria estava ela). Estava iniciada a viagem.
O espaço, que pela sua longevidade poderia ser tão frio quanto a noite, revelou-se acolhedor.
 Chamaram-lhe Cozinha da Terra mas, Cozinha com alma seria igualmente adequado. Dispensaram o nome óbvio e com toda a razão. Não há cozinha com mais alma que aquela que nos une às nossas origens, aos nossos sabores tradicionais.
E, nesta Cozinha, que intitularam como sendo da Terra, todos os sabores ganham vida. Os pratos têm alma. A alma de quem os prepara. A alma  da irreverência e das raízes à tradição. E a alma de quem os saboreia, essa viaja. Uma viagem à profundeza da História, que cada parede sustenta, que a música  embala e a lareira conforta. Vamos e voltamos que é ja momento da sobremesa. E se difícil é escolher um prato, aqui surge o maior dilema.

Agora silêncio que se vai satisfazer a alma. Que se os olhos comem, também a alma se alimenta de momentos destes. 

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