quinta-feira, 26 de março de 2015

Portugal: A máquina de Guerra de Fernando Santos



O 4-3-3 sempre foi o sistema preferencial da seleção portuguesa e passou a ser mesmo o único em 2004, com a chegada de Scolari e a sua famosa falta de cultura tática. Carlos Queiroz seguiu os seus passos e embora a forma de jogar fosse diferente, e mais complexa até do que a de Scolari (basta lembrar a opção por colocar Pepe a trinco por exemplo) o sistema manteve-se e o 4-3-3 era mesmo considerado o sistema ideal para uma seleção constituída por tão bons extremos e médios da posição 8. Até Paulo Bento que fez toda a sua carreira seguindo religiosamente o seu 4-4-2 losango achou por bem adotar este sistema, que se enraizou na seleção nacional. 
Até que chegamos á era Fernando Santos e tudo mudou, o novo selecionador já mostrou que está mais inclinado para um 4-2-4 híbrido e de contra-ataque, sem ponta de lança fixo com um segundo avançado rápido e dois extremos que antes de saberem atacar saibam defender e manter os equilíbrio. Uma inovação tática que pode ser explicada com a passagem do treinador português pela seleção da grecia onde teve que aprender a conseguir grandes resultados desportivos com parcos recursos. Na seleção os recursos são indiscutivelmente melhores mas os objetivos são também mais ambiciosos, ainda assim a selecção portuguesa não estava bem quando chegou e talvez por isso Fernado Santos tenha voltado a apelar as suas qualidades de engenheiro pra arquitetar uma equipa mais em volta de Cristiano Ronaldo que tem total liberdade para andar na frente como falso avançado e potencial todas as suas qualidades que fazem dele o melhor do mundo. 



Conseguido este ponto, Fernando Santos constrói uma seleção experiente (Ricardo Carvalho, Bosingwa, Quaresma, Tiago) e algo defensiva até que estará sempre equilibrada defensivamente mas que pode surpreender o adversário com rasgos técnicos de estrelas como Danny, Nani ou Quaresma. Um pouco á semelhança do Chelsea de José Mourinho, esta seleção caminha para chegar ao EURO 2016 como uma máquina não de bom futebol mas de guerra, capaz de ser fria o suficiente para não se deixar levar por nenhum adversário, capaz de resistir ao mais perigoso dos inimigos e isto praticando um futebol não muito vistoso mas letal e eficaz na busca tao so do objetivo maior que é a vitória. A Grecia conseguiu-o em parte, tendo Portugal uma equipa com melhores executantes espera-se que desta vez o consiga totalmente. Já se vai notando algo de máquina infalível de guerra nesta seleção liderada pelo capitão Ronaldo e pelo engenheiro Fernando Santos


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