sexta-feira, 26 de junho de 2015
FCPorto: Meio-Campo português é sonho impossível!
A contratação por parte do FCPorto dos jovens médios portugueses André André e Sérgio Oliveira alimentaram a esperança de ver um meio-campo portista constituído por três portugueses da casa e cheio da tal mística de que tantas vezes se fala, com Ruben Neves a trinco e a servir de suporte aos dois médios mais avançados acabados de chegar á invicta. As saídas dos titulares Casimiro e Oliver parece também indicar que estes dois reforços cabem no onze principal do FCPorto na próxima época. Herrera não seria uma ameaça a este meio-campo "á porto" pois jogaria alternadamente no lugar de um dos três e traria mais soluções e experiência para certos jogos onde seria importante contar com estas valencias.
Ruben Neves é o mais jovem e também o mais promissor, encarregue de encontrar equilibrios defensivos, vaguear pela zona mais defensiva do meio-campo á procura de cortar as jogadas de maior perigo que por lá passem e depois numa segunda fase fazer as transições defesa-ataque que são o seu ponto forte... As jogadas adversárias acabam nele, os ataques portistas passam invariávelmente pelos seus pés no inicio de cada jogada.
Sérgio Oliveira tem que perder os seus tiques de vedeta, não precisa deles pois é um 8 de excelência uma espécie de novo Lucho Gonzalez, faz da qualidade passe a sua principal arma e apoia Ruben Neves quando preciso sem descurar o apoio ofensivo. Um homem de equilibrios, o jogador que muitas vezes é assobiado porque não arrisca mas qual novo João Moutinho está lá para servir de motor para esta equipa que faz da posse, da pressão e do equilibrio a meio-campo o segredo para dominar o adversário.
Por fim André André, o mais velho e também o mais explosivo. Troca com Herrera muitas vezes até porque é o médio sujeito a maior desgaste: remata, ataca, arrisca, bate as bolas paradas, imprime velocidade ao meio-campo, aparece em zonas de finalização e último passe, uma espécie de número 10 mais combativo e lutador. Fantástico.
Estes tres jogadores são também portista, capazes de sentir a camisola de sentir o orgulho ferido que tanto faltou na época passada nalgumas derrotas, simbolizam o clube e os adeptos reveem-se neles. Combativos e apaixonados o suficiente para nunca se darem por derrotados, para sentirem que o jogo com o rival é mais importante que o empate na Madeira só não vai acontecer se derem o litro na reta final... Não esperam facilitismos da arbitragem, e passam a mística a quem chega ao clube vindo de fora. Jovens que vão render muito dinheiro no futuro mas que neste momento não pensam em mais nenhum clube que não o seu Porto. Helton e Quaresma não chegam para passar a mística mas assim sim até esses parecem mais portistas.
Este é um cenário irrealista, como infelizmente quase todos os portista sabem. A imprensa já fala em Darder, Lucas Silva e mais uns quantos espanhóis e brasileiros que veem com bons olhos jogar na montra da Champions para relançarem a carreira... E o Porto será forte na mesma, mas não será a mesma coisa...
André André deverá ser emprestado no final da pre-época, Sergio Oliveira deverá seguir o mesmo caminho e Ruben Neves fica porque ainda tem 17 anos e por isso pode passar mais uma época entre o banco, a equipa B e jogos da Taça da Liga... Nada que não tenha acontecido a Castro e Josué recentemente. E só esperemos que no fim da época não nos venhamos a lamentar novamente por não haver mística.
p.s.: E já não falo do Gonçalo Paciência porque acho que ninguém espera vê-lo jogar de azul e branco esta época.
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