terça-feira, 16 de junho de 2015

Tudo sobre o concerto de Jessie J


A sala podia não estar cheia em números, mas transbordava indubitavelmente em decibéis, quando Jessie J subiu ao palco pronta para arrasar, logo na inicial ‘Ain’t Been Done’. E verdade seja dita, que há poucas coisas neste mundo capazes de rivalizarem com o portento de alguns milhares de goelas juvenis a gritarem enlouquecidas pelos seus ídolos – Boeing 747 incluído – mas Jessie não deixou de demonstrar muito rapidamente que conta mais com as cordas vocais que com gimmicks e bailarinas hiperbólicas, para fazer o seu espectáculo. Esse seria apenas o início de um concerto onde o desfile de músicas bem rodadas nas rádios e televisões seria apenas mais um ingrediente do espectáculo. 

Nisso há que a louvar. No entanto, é preciso igualmente um je ne sais quoi para deixar ao rubro uma plateia de adolescentes, e Jessie parece ter todos os ingredientes. Sentada no centro do palco, com apenas o fosso entre ela e os fãs entoa ‘Keep us Together’ de olhos postos nos fãs ali de braços esticados, Jessie tão perto, tão distante ao mesmo tempo.
Jessie não debitou o seu repertório pura e simplesmente: como sábia entertainer e comunicadora, interpelou os jovens presentes, falou com eles demoradamente, cantou mesmo os parabéns a uma fã que assim o pedia num cartaz, gerando destes momentos que valem mais que mil músicas.
Sempre reveladora sem se tornar vulgar, Jessie vai largando a roupa juntamente com a energia dos seus temas, entre os quais se destacam sem dúvida ‘Burnin’ Up’, ou a icónica ‘Domino’. Houve ainda tempo para ‘I Have Nothing’, versão de Whitney Houston que ganhou verdadeiramente vida através de Jessie J.
No encore, a delícia dos fãs. Jessie fala com eles, assina autógrafos e os miúdos têm os seus minutos de fama graças à Britânica. Foi porventura um concerto mais íntimo com a Meo Arena composta, do que imersa na magnitude do Rock In Rio, ainda que com isso viesse um espectáculo interessante mas menos grandioso. Os fãs terão gostado da proximidade acrescida, e com ‘Price Tag’, ‘Bang bang’ e ‘Masterpiece’ a encerrarem o evento, o saldo foi sem dúvida positivo.


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