sexta-feira, 17 de julho de 2015

Brahimi e Talisca: Quando o talento não chega!








"O futebol é o momento". Já todos ouvimos esta frase mais que uma vez e olhando para os casos destes dois craques, a famosa frase parece ganhar um significado maior. No futebol atual o valor de um jogador assemelha-se ao comportamento da bolsa de um país. Todos os dias o jogador é reavaliado, todos os seus atos refletem a sua cotação.
Brahimi chega ao futebol português e logo começa a mostrar qualidade acima da média, a facilidade com que finta qualquer adversário é desconcertante e ainda tem uma apetência natural para as bolas paradas. Faz lembrar Messi muitas vezes... Depressa se começou a falar que não estaria mais que uma época no dragão e que seria uma das grandes vendas deste mercado, visto ter um talento grande demais para a realidade nacional. Veio a Can e o jogador não mais voltou a ser o mesmo, há quem culpe, com alguma razão, o seu deslumbramento (do anonimato no Granada ás bocas do mundo no FCPorto) mas o que é certo é que Brahim passou apenas a ser um jogador individualista e desligado do coletivo. A sua cotação caiu, os tubarões podem continuar atentos á sua evolução mas não vão pagar por alguém que fez meia época miserável. Depois vieram a titularidade imerecida e as declarações desesperadas a tentar chamar a atenção dos gigantes do futebol português, e a cotação com os adeptos também desceu. Brahimi tem que recomeçar do zero esta época e provar a todos que é mesmo craque, se não quiser acabar como tantas outras promessas que não passaram disso.
Talisca é um caso semelhante mas há mais deslumbramento do treinador do que dele, o jovem franzino que não teve ferias durante dois anos chegou para crescer no Benfica mas a sangria de jogadores cruciais da equipa da Luz fez com que entrasse imediatamente no onze. Senhor de uma versatilidade, velocidade e capacidade de finalização incríveis Talisca adaptou-se rapidamente e passou a literalmente "levar a equipa ás costas". Durante a primeira metade da época, Talisca fez golos, assistencias, defendeu, atacou e assumiu-se como o melhor jogador do Benfica. Resultado: todos os grandes clubes começaram a mostrar interesse. Mas com uma equipa curta em talento no ataque o Benfica abusou da capacidade física do jogador e Talisca desapareceu na segunda metade da época. Agora caído no esquecimento vai tentar reaparecer, o que não deve ser difícil porque o talento está lá. Mas não deixa de ser incrível como foi tão mal aproveitado o talento do jovem médio brasileiro.






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