No início da pré-época Ricardo Quaresma foi dispensado do FCPorto (ok, foi vendido mas por um mísero milhão de euros) e nunca houve uma explicação plausível e oficial para o afastamento do internacional português. Na ausência delas apressaram-se os comentadores de todo o país a concluir que Lopetetgui estava a fazer limpeza de balneário e que a relação entre o treinador e Quaresma estava ferida de morte por causa da sua irreverência, que choca com o low-profile do técnico basco. Acho que faz sentido esta conclusão e a minha opinão vai no mesmo sentido, até porque talento não falta ao "Mustang". A impressão com que se fica é a de que foi até das estrelas mais cintilantes do plantel portista da época passada, superior a Tello ou Brahim na luta pela posição, e ainda assim algo desprezado. De facto Quaresma é português, é portista, é dos jogadores que melhor personifica o "jogar á porto" e é um talentoso desequilibrador que alia a toda a capacidade técnica a experiência própria da idade.
Não se percebe assim a chegada de Osvaldo, jogador com percurso em muitos aspetos semelhante ao de Quaresma: é um craque de talento enorme e reconhecido mas que fruto do seu temperamento não o soube aproveitar da melhor forma. Osvaldo é realmente craque, ninguém põe em causa, e que é um goleador que ainda por cima vem trazer raça e experiencia a um plantel jovem, muito menos. Mas Quaresma também trazia isto tudo e com duas vantagens muito importantes: é portista e não tem metade do histórico negativo de Osvaldo.
